Por Merlong Solano

A presidente Dilma lançou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica com o fim de incentivar a agricultura sustentada, livre de agrotóxicos e focada no desenvolvimento social e econômico de agricultores familiares. A dotação para execução do plano está fixada em 8,8 bilhões de reais para os próximos 3 anos; sendo 7 bilhões para investimento por meio das linhas do PRONAF e 1,8 bilhões para assistência técnica e extensão rural.

Quanta diferença em relação a situação que vivemos no passado, quando a agricultura orgânica, sem nenhum apoio do governo, dependia da iniciativa de poucas associações e cooperativas que recebiam algum apoio da cooperação internacional, vinda principalmente de movimentos religiosos da Europa. Foi assim a experiência que vivi quando coordenei o Centro de Educação Rural Manoel Otávio, junto com Ant José Medeiros, Limma, Pereira, joãozinho, Suzana, dentre outros companheiros(as).

Era idealismo em alto grau: nossas unidades demonstrativas tinham boa qualidade, mas nossa capacidade de aplicação das tecnologias junto aos agricultores era muito limitada. Agora tudo muda, pois com este plano o governo federal está assumindo a agricultura orgânica como uma de suas prioridades. Aqueles que querem produzir respeitando os ciclos da natureza têm agora a quem recorrer.

Todos que gostam de uma mesa bem posta, livre de veneno e ancorada numa agricultura familiar forte, têm muito a comemorar. É a Dilma mais uma vez tomando decisão correta e corajosa.

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