Por Merlong Solano

A explosão da subestação da AGESPISA, que atende a todas as Estações de Tratamento de Água de Teresina, é assunto sério demais para ser rapidamente esquecido, ao sabor de conveniências editoriais e políticas. Seus efeitos negativos, ainda longe de superados em vários bairros (entre eles o Buenos Aires), podem atingir quase toda a cidade. Dentre pontos a serem considerados, se destacam:

a)A avaliação do presidente do Sindicato dos Urbanitários (que abrange o pessoal da AGESPISA, da Eletrobras e da CHESF): segundo Marques, a subestação não dispõe de plano atualizado de manutenção e equipamentos de segurança e prevenção a acidentes não estavam funcionando no momento do acidente.

b) A Eletrobras veio a público nesta sexta-feira, por meio de José Salan, informar que a subestação é de responsabilidade da AGESPISA e que a presença de seu pessoal durante os trabalhos de restauração se deu como uma colaboração em razão da gravidade dos efeitos de uma maior demora em recolocá-la em funcionamento. Neste caso, considero que a AGESPISA deve vir a público reconhecer e agradecer a contribuição da ELETROBRAS, que inclusive chegou a ser responsabilizada pela ocorrência da pane elétrica.

c)Apareceu nitidamente a fragilidade decorrente de um único alimentador elétrico (a subestação) para energizar as 4 estações de tratamento de água que atendem a Teresina. Parece claro que este modelo deve ser dotado de um equipamento alternativo capaz de rapidamente substituir o equipamento que venha a apresentar falhas.

São questões que transcendem a considerações de natureza política, pois estamos tratando de assunto atinente à defesa civil e à saúde pública. Quanto maior a cidade mais difícil, para grandes contingentes da população, encontrar fontes alternativas de abastecimento de água. Assunto pois urgente, que não pode esperar tempo bom. A hora é agora.