Meio a contragosto a Rede Globo noticiou, rapidamente e sem nenhum destaque, que em 2010 a economia brasileira gerou mais de 2.860.000 empregos formais. Trata-se simplesmente do maior número de empregos gerados, em um ano, na história do Brasil. É emprego para todos: para pobre, pra classe média e pra rico.

O dado mais positivo, e também não enfatizado pela mídia, é que as pesquisas de todos os órgãos (IBGE, Fundação Getúlio Vargas, Universidades) mostram que na era Lula o crescimento veio com distribuição de renda. As filas nos supermercados mostram muito bem esta realidade.

Enquanto o Brasil real segue em frente, apesar dos muitos problemas que restam por resolver, a grande mídia prefere desencadear a campanha de estímulo ao retorno da inflação, ao deflagrar uma onda de pânico em razão da inflação anualizada ter chegado a “incríveis” 6% ao ano. Ora que tem memória sabe que a inflação chegou a 80% ao mês.

Na verdade o que está em jogo é o combate ao projeto encabeçado pelo PT. Projeto de Desenvolvimento com Inclusão Social. Para aqueles que se acostumaram a tratar o Brasil apenas como um campo de negócios a serviço do enriquecimento de uma minoria, as políticas de inclusão social representam grande risco.

Para as forças conservadoras o bolsa família estimula a preguiça; o aumento real do salário mínimo gera inflação; gasto com assentamentos de reforma agrária é dinheiro jogado fora; a política de pleno emprego fortalece os trabalhadores e gera pressões inflacionárias; a política externa independente contraria os EUA; o resgate do Estado em áreas vitais como educação, saúde, previdência, etc., reduz o espaço da iniciativa privada.

Estas políticas, marcas registradas dos governos Lula e Dilma, preocupam interesses poderosos, sucessores dos antigos senhores de escravos, que engolem a democracia formal enquanto as urnas lhe são favoráveis. Derrotados apelam para o golpismo e para denuncismo falso moralista. Sobretudo não aceitam esta história que estamos escrevendo, em que os pobres têm direito a cidadania plena: direito a votar; a liberdade de imprensa; a emprego com carteira assinada; a inclusão bancária; a ensino técnico profissionalizante; a vaga na universidade; a moradia; a um país soberano que se posiciona no concerto do mundo com altivez e independência, etc.

São forças políticas e sociais que, diante da perspectiva de um Brasil que aprofunde a distribuição de renda, sentem saudades do tempo em que se prometia a divisão do bolo sempre para depois que a economia crescesse; do tempo em que o FMI, a serviço da banca internacional, ditava as regras da economia brasileira na bonança e nas crises; do tempo em que desempenhávamos papel subalterno na política internacional.

Ver o operário LULA da Silva recebendo título de doutor em universidades da Europa deixa este pessoal no caldo de pinto. Assim como quando percebem que a mulher DILMA esta conduzindo o barco com firmeza e levando-o para águas ainda mais tranqüilas: crescimento com estabilidade econômica; pleno emprego e distribuição de renda; resgate do Estado como agente direto e como indutor do desenvolvimento; respeito aos contratos e valorização da iniciativa privada e do empreendedorismo, assim como da liberdade de imprensa e autonomia das instituições do Estado Democrático de Direito.

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