Atletas, paratletas, técnicos, preparadores, professores de educação física, árbitros, promotores de competições, profissionais de saúde, massagistas e outros profissionais do ramo poderão receber auxílio emergencial por três meses. É o que prevê o Projeto de Lei nº 2.824/20, aprovado pela Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (16).

O deputado federal Merlong Solano (PT) é um dos defensores da medida. “O setor é um dos mais atingidos pela pandemia, que afeta não apenas os profissionais, mas também as organizações esportivas, em função da paralisação das competições e das atividades em geral, mesmo as informais. O foco não são os atletas de ponta, nem os grandes clubes ou grupos, mas os esportistas e pessoas que lidam inclusive com o esporte amador”, destaca o parlamentar.

O diretor da Associação de Garantia ao Atleta Profissional (Agap), Joniel Lopes, ressalta a importância da aprovação do projeto para os atletas piauienses. “A situação é dramática para muitos atletas hoje. Sabemos da necessidade de restringir os eventos e atividades esportivas para impedir a propagação da Covid-19, mas precisamos de medidas efetivas que garantam a sobrevivência das pessoas que trabalham no ramo”, frisa.

O texto segue para votação no Senado. Caso seja sancionada, a medida prevê a destinação de R$ 1,6 bilhão para a ajuda aos trabalhadores do setor esportivo, oriundos de recursos do Tesouro Nacional e de parte da arrecadação das loterias. Além da renda emergencial, o projeto também trata da criação de linhas de crédito específicas e renegociação de dívidas tributárias para o setor.