Durante visita à Associação dos Cegos do Piauí (ACEP) hoje, além das alegrias de verificar o reconhecimento ao trabalho do senador Wellington Dias e de rever meus ex-alunos Janilton Marques, atual presidente da ACEP, e Aluízio Carvalho, presidente eleito da ACEP, ouvi testemunhos que me impressionaram vivamente.

Atenilton Marques, da diretoria da ACEP, lembrou o fato de que por décadas se consolidou a tradição de que deficiente visual estava condenado a pedir esmolas. As palavras ainda mais fortes de Aluízio Pereira dos Santos, vice-presidente da ACEP, lembraram que no passado os cegos eram “sucatas humanas” enquanto hoje são cidadãos economicamente produtivos.

O que vi lá, o que vejo hoje no Brasil e no Piauí, marca uma sociedade que caminha procurando abraçar todos os seus filhos e filhas. As pessoas portadoras de deficiências são hoje cidadãos capazes de lutar por seus direitos, fato que já é visto como normal no cenário sócio-político.

Obviamente que há ainda uma grande caminhada com desafios importantes a serem vencidos em diversas áreas como é caso por exemplo da melhoria da acessibilidade, do acesso ao mercado de trabalho, da integração dos autistas ao sistema educacional público, dentre outros.

Acredito que a experiência do Piauí, durante o governo Wellington Dias, ao criar o Centro Integrado de Reabilitação das Pessoas com Deficiência e a SEID, mostra que é possível mesmo com escassez de recursos financeiros avançar nesta área. O Brasil, por sua vez, marcou ponto positivo com a ratificação da Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência pelo Congresso nacional em 2008. A tramitação do Estatuto da Pessoa com Deficiência na Câmara Federal mostra que o País está com vontade de seguir adiante nas políticas de integração e acolhimento de todas as suas filhas e filhos.

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